segunda-feira , 16 setembro 2024

Direito 5.0: novas tecnologias impõem atualização de advogados

Profissionais precisam estar atentos às inovações para aumentarem a produtividade e se tornarem competitivos.

Inteligência Artificial, Big Data, blockchain, entre outras tecnologias têm transformado o setor jurídico e a forma como os profissionais da área atuam. O chamado “Direito 5.0” é o conceito que representa a evolução da área em resposta a uma sociedade ultraconectada.

Escritórios e departamentos precisam se adaptar às novas tecnologias para aumentar a produtividade e se destacarem em um cenário competitivo. Segundo o Jusbrasil, o advogado 5.0 faz uso das ferramentas inteligentes para automatizar processos e ficar livre de tarefas massivas e repetitivas, podendo focar em compreender as necessidades do cliente.

Atividades como a elaboração de documentos e pesquisa de jurisprudência podem ser concluídas sem a necessidade da ação humana. Entretanto, isso exige conhecimentos técnicos e multidisciplinares dos profissionais que escolhem seguir a carreira jurídica.

A pandemia da Covid-19 foi responsável por impulsionar a adoção de processos on-line nas empresas em todo o mundo. Levantamento realizado pelo Centro de Tecnologia da Informação Aplicada (FGVCia) mostrou que essa antecipação do processo de transformação digital foi equivalente ao esperado para o período de um a quatro anos.

Plataformas de gestão, aplicativos de comunicação e videoconferências passaram a fazer parte da rotina das organizações, que puderam trabalhar de forma remota. A maior conectividade permite que os clientes acessem serviços de um advogado a quilômetros de distância, pelo celular.

Homem deve estar no centro das transformações tecnológicas

“Sociedade 5.0” é um conceito adotado pelo governo japonês que indica a maneira como a sociedade lida com a evolução digital, não pensando somente na eficiência em procedimentos produtivos, mas tendo como foco o desenvolvimento e o bem-estar.

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) explica que, nessa organização social, o ponto focal é a compreensão da tecnologia como uma ferramenta a serviço de todos, trabalhando para a qualidade de vida e do meio ambiente. Dessa forma, o ser humano passa a estar no centro da inovação e da transformação tecnológica.

Enquanto na “Advocacia 4.0” a tecnologia era pensada como fim, em busca de automatizar processos, aumentar a produtividade e reduzir custos, na “Advocacia 5.0”, ela é vista como um meio para solucionar problemas, atender às necessidades humanas e gerar valor.

O novo formato possibilita que o advogado tenha maior conforto e rendimento, com mais tempo para estudar e se capacitar. O uso de Big Data e a implementação de soluções de criptografia reduzem a ocorrência de erros humanos e permitem que as equipes foquem em estratégias.

Como deve ser o advogado 5.0?

O Jusbrasil evidencia que o profissional da “Advocacia 5.0” precisa estar sempre atualizado nas tendências e nos avanços tecnológicos empregados para a prática da profissão. A transformação digital tem aberto novos caminhos profissionais.

Entre as possibilidades de carreira destacadas estão: direito digital, compliance, direito empresarial, direito ambiental e data protection officer. Entender as novas leis que abrangem cibercrimes, proteção de dados e governança é importante para atender às novas demandas do mercado.

O profissional que deseja se tornar referência em determinado nicho pode realizar um teste de preferências profissionais para identificar a compatibilidade entre as habilidades e as áreas de atuação.

IA e IoT estão entre as principais tendências

De acordo com o Jusbrasil, a Inteligência Artificial (IA) é a principal tendência para a “Advocacia 5.0”. A aplicação de estatística e probabilidade se faz necessária diante do volume de dados que circulam nos meios jurídicos. A partir do Big Data, a ferramenta auxilia o advogado na jurimetria ao analisar valores, calcular probabilidades e prever resultados.

Dentro da IA há, ainda, o conceito de Machine Learning, que consiste em ensinar as máquinas a aprenderem com os dados e a realizarem tarefas sem a necessidade de programação explícita. Dessa forma, elas se tornam capazes de se adaptar às mudanças e se aprimorar, gerando resultados mais precisos.

A Internet das Coisas (IoT) é outra tendência, usada para a automação de ambientes e processos. Ela permite que os objetos se comuniquem entre si e com os usuários por meio de sensores e dispositivos inteligentes.

O Jusbrasil informa que a IoT já é um tema recorrente no direito digital, considerado uma das áreas mais promissoras da carreira jurídica. Os profissionais são responsáveis por tratar questões que envolvem crimes cibernéticos.

Já o sistema blockchain é usado para garantir a integridade dos dados e evitar fraudes e falsificações. A tecnologia facilita o processo dos registros de transações e o rastreamento de ativos em uma rede, conforme aponta o Sebrae. Na área do direito, ela pode alterar a dinâmica de registro e a verificação da veracidade de documentos e informações pelos cartórios.

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